Como promover corretamente a diversidade nas empresas?
Mesmo não intencional, a prática do diversity washing demonstra a falta de conhecimento sobre a gestão da diversidade nas companhias
Estadão Blue Studio Express
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A diversidade se transformou em palavra de ordem no discurso de muitas empresas no Brasil e no mundo. Na busca pela conexão com a nova realidade do mundo corporativo, as companhias exaltam os benefícios em promover a inclusão em um processo de construção de uma sociedade mais igualitária e justa.
Em algumas ocasiões, porém, a inclusão não passa da “página dois”, com gestores buscando apenas cumprirem cotas obrigatórias ou promovendo iniciativas isoladas e sem resultados práticos.
Muitas vezes isso não é proposital, com o problema relacionado mesmo com a falta de conhecimento estratégico sobre o assunto.
Mesmo assim, é possível relacionar a situação com um termo que também vem ganhando popularidade no mundo corporativo: diversity washing.
Essa prática consiste em se apropriar do tema diversidade, mas sem realmente colocá-la em prática de forma consistente e efetiva na companhia. Adotar essa postura em busca de favorecer a imagem da companhia costuma, porém, causar o efeito contrário.
Para evitar isso, torna-se necessário colocar em prática uma estratégia autêntica e efetiva para promover de forma legítima a diversidade nas companhias. Mas como fazer isso corretamente? Certamente, o ponto de partida é o conhecimento.
Importância da diversidade
Diversidade e diversity washing, aliás, estiveram entre os principais assuntos abordados durante o CONARH, evento realizado em São Paulo. Na ocasião, muitas empresas buscaram conhecer detalhes para entender como a CUP RH se tornou uma das principais referências no assunto.
“Trabalhamos arduamente na condução de vagas para este público diverso. Assim como, conduzimos e elaboramos trilhas de desenvolvimento para falar sobre o assunto. Apoiando nossos clientes no cumprimento das metas, levando tração e empregabilidade ao setor corporativo”, explica Patrícia Fernandes, Head de Operações da CUP RH.
Para evitar a prática de diversity washing, o primeiro passo é entender que a promoção da diversidade se conecta muitas vezes com o processo de construção de uma nova cultura corporativa
“O tema diversidade precisa estar na estratégia da empresa, alinhado com uma cultura forte. Além disso, metas claras contribuem para trabalhar com intencionalidade na promoção da diversidade”, destaca Patrícia.
Isso envolve a mudança comportamental em todas as camadas estruturais. Consequentemente, o sucesso da estratégia está interligado com o treinamento apropriado dos líderes e gestores.
No desejo de abraçar de forma legítima a causa, um erro comum entre as empresas é contratar estes profissionais apenas para cargos operacionais, apenas para apresentar números para o mercado.
Uma das vantagens da diversidade corporativa é exatamente possuir pontos de vistas diversos para a solução mais simples de problemas inicialmente diversos. Portanto, é indispensável contar com estes colaboradores também em funções gerenciais.
“Precisamos cada vez mais contribuir para uma sociedade justa e igualitária. Um grupo diverso contribuiu para a inovação, criatividade e crescimento das empresas. Vários estudos comprovam a importância deste tema. Ele é urgente e necessário”, diz Patrícia.
A estratégia também exige o desenvolvimento dos talentos, com a oferta de treinamentos apropriados, garantindo a igualdade entre todos os integrantes da equipe.
Estratégia legítima e eficaz
É importante lembrar que a desigualdade sempre foi uma barreira capaz de aniquilar qualquer expectativa de crescimento profissional. Dessa forma, a promoção da diversidade muitas vezes começa com a identificação e lapidação dos talentos.
Em meio a tudo isso, é possível constatar que a promoção da diversidade de forma legítima nas empresas está interligada com conhecimento e estratégia. Mas como isso é possível?
Na CUP RH, por exemplo, a atração e a seleção desses talentos representam somente a “ponta do Iceberg”. Dessa forma, o processo de inclusão é colocado em prática em todas as etapas da gestão de pessoas.
No mercado de trabalho, Thais Alice da Silva já escutou frases como: “você é tão inteligente para algumas coisas, mas para outras, nem tanto”. Assim como já foi julgada por alguns como “arrogante” por possuir hiperfoco em determinados assuntos.
“Quando não temos lideranças preparadas para liderar diversidade, temos grandes perdas tanto para a companhia quanto para desenvolvimento dos talentos, que nunca irão alcançar suas potencialidades”, afirma.
Atualmente na CUP RH, a profissional encontrou recursos para desenvolver todo o seu potencial. “Hoje, sinto-me acolhida, respeitada e validada, sem precisar mascarar minha condição ou precisar invalidar minha existência para ser aceita. Nossa missão é contribuir para que mais empresas promovam esse tipo de ambiente, e isso é muito importante para criarmos um futuro mais justo, inclusivo e igualitário”.
Essa postura faz toda a diferença para a inclusão deste colaborador que, muitas vezes, passou anteriormente por ambientes hostis, sofrendo estigmas e preconceitos.
Muito mais do que uma meta, a promoção da diversidade no mercado de trabalho está na criação de uma cultura corporativa inclusiva, garantindo direitos iguais a todos, em um ambiente onde os colaboradores sejam respeitados e valorizados.
“Hoje, temos inúmeras pesquisas que mostram as contribuições significativas que a diversidade têm, seja maior criatividade, inovação, desenvolvimento da equipe, senso de comunidade e empatia entre outros tantos ganhos, inclusive financeiros”, finaliza Thais.
Com uma atitude estratégica e legítima, as companhias conseguem colher os benefícios de um ambiente profissional inclusivo, onde os profissionais retribuem com o aumento de produtividade e de qualidade, assim como com a apresentação e desenvolvimento de ideias diferenciadas para a solução de problemas antes complexos.
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